Juro negativo

O Que É Juro Negativo?

Os juros negativos têm sido um tema de destaque nas discussões econômicas nas últimas décadas. Mas o que exatamente são juros negativos e como eles se encaixam na visão da Escola Austríaca de Economia? Neste artigo, vamos explorar esse conceito e apresentar exemplos práticos que ilustram seu impacto na economia.

O Conceito de Juros Negativos

De acordo com a Escola Austríaca de Economia, os juros negativos representam uma situação em que os investidores estão dispostos a pagar para manter seu dinheiro em instituições financeiras ou investimentos de baixo risco.

Isso ocorre quando as taxas de juros de curto prazo são tão baixas que, após a consideração da inflação, os investidores estão perdendo poder de compra ao manter seu dinheiro em contas bancárias ou títulos do governo.

Exemplos Práticos de Juros Negativos

Taxas de Juros de Curto Prazo Negativas

Um exemplo clássico de juros negativos é quando o banco central de um país estabelece taxas de juros de curto prazo abaixo da taxa de inflação. Isso incentiva as pessoas a gastar seu dinheiro ou investi-lo em ativos reais, em vez de deixá-lo em contas bancárias que estão perdendo valor devido à inflação.

Títulos do Governo com Rendimentos Negativos

Em alguns casos, títulos do governo emitidos com baixas taxas de juros podem resultar em rendimentos reais negativos. Isso significa que os investidores que compram esses títulos podem receber de volta menos dinheiro do que investiram, ajustado pela inflação.

Impacto nas Instituições Financeiras

Bancos e instituições financeiras enfrentam desafios quando as taxas de juros estão negativas, pois sua margem de lucro diminui. Para compensar, podem aplicar taxas extras aos depositantes ou reduzir os empréstimos, o que pode afetar negativamente a economia.

A Perspectiva Austríaca

A Escola Austríaca de Economia vê os juros negativos com ceticismo. Ela argumenta que taxas de juros artificiais, estabelecidas por intervenção governamental e pelo banco central, podem levar a distorções no mercado, malinvestimentos e bolhas econômicas. A visão austríaca destaca a importância de taxas de juros determinadas pelo mercado, refletindo a disponibilidade real de poupança.

A mentira

Entendidos que o juro negativo em investimentos ocorre quando o rendimento dos investimentos é menor que a inflação, temos que entender o que é inflação. Aqui nesse site entendemos que a inflação não é o aumento geral do nível dos preços, mas, sim, o aumento da base monetária.

Sendo assim, vamos atualizar os exemplos práticos do juro negativo em investimentos: se no Brasil tivéssemos um super investidor com rendimento de 20% de sua carteira ao ano e a inflação oficial fosse 8%, podemos dizer que ele teve rendimento real de 12%, certo? Errado.

Esse entendimento dos 12% é se acreditarmos no que o governo disse para nós que é a inflação. No entanto, a expansão da base monetária do Real em média é de 22% ao ano. Ou seja, o super investidor perdeu 2% de seu valor financeiro. Se o super investidor perdeu, imagina quem não investe nada ou quem investe em renda fixa ou poupança. Em resumo: não existe investimento real com moeda fiduciária.

Conclusão

Os juros negativos representam um fenômeno econômico complexo que tem implicações profundas para investidores, instituições financeiras e a economia em geral. Muitos austríacos e economistas sensatos enxergam com ceticismo que a moeda seja do governo. Visto que precisamos de dinheiro  (no sentido que o dinheiro precisa guardar valor) para termos rendimentos reais, como ter isso num sistema em que não existe dinheiro que não o Bitcoin? O que temos do governo é moeda, não dinheiro. Real, Dólar, Peso: sem lastro, sem confiança, sem valor.

À medida que as discussões sobre juros negativos continuam a evoluir, compreender como eles se encaixam nas teorias econômicas, como a Escola Austríaca, é essencial para uma análise informada das políticas econômicas e financeiras em todo o mundo.