Resumo: Democracia, o deus que falhou - Capítulo 13

Resumo: Democracia, o deus que falhou – Capítulo 13

Neste ultimo capítulo do livro Hoppe vai falar sobre como sair da democracia, que, como vimos, é maléfica e um retrocesso histórico. Revolução? Separatismo? Qual dessas opções é viável? É sobre isso que vamos falar hoje.

Estados Unidos da América

Numa pesquisa feita em diversos países, foi perguntado se as pessoas tinham orgulho de seus respectivos países e se era vontade delas que todos os outros países fossem iguais ao seu. 

Os países que tiveram maior índice de orgulho nacional foram Estados Unidos e Áustria. Usando o exemplo dos Estados Unidos, vou mostrar as três características que tornam uma pessoa orgulhosa de seu país, sendo duas delas assertivas e a última um erro fatal.

Orgulho dos antepassados

A primeira é o orgulho dos seus antepassados. Realmente, no caso dos Estados Unidos, os primeiros colonos foram pessoas que mostraram como uma sociedade pode sobreviver e prosperar com contratos voluntários, ou seja, sem um estado. 

Os índices de criminalidade eram menores que hoje em dia e, ao passo que a sociedade foi crescendo, organizações de justiça, contadores, bancos, xerifes, etc., foram se formando para manter a lei e a ordem.

Revolução Americana

A segunda fonte de orgulho é a Revolução Americana. O início dos feudos na Europa não era como as monarquias absolutistas seriam mais tarde; eram contratuais e até mesmo os reis eram submetidos às leis naturais. Nos Estados Unidos essa lógica de direito natural era bem clara. 

Vivendo em uma sociedade voluntaria e contratual, os Estados Unidos lutaram por sua independência após a monarquia inglesa querer impor suas vontades sobre a colônia sem o consentimento deles. 

Até mesmo as pessoas que saiam da Inglaterra aos Estados Unidos estavam juntas contra a monarquia inglesa. A Revolução Americana foi, portanto, a defesa última do direito natural.

Constituição americana

A constituição, sim, foi o maior erro americano. Invés de continuarem com a sociedade de trocas e, portanto, proteção voluntária e cooperativa, resolveram fazer vários estados independentes que podiam expropriar de suas maneiras; mais: uma constituição federal que abrangia todos os estados.
A revolta contra a tirania da inglesa poderia ter servido para que as pessoas voltassem ao estado natural, mas preferiram regredir à democracia. 

Democracia, pior que a monarquia, criou cortes, chefe do executivo, legisladores, etc., dando o monopólio para quem, como discutimos no livro, não tem nenhum incentivo para melhorar a vida das pessoas.

Os mais malandros e com mais inteligência para enganar, os mais carismáticos e perversos, irão para a política contribuir para a democracia, a base de tudo o que expliquei ao longo do livro. A constituição americana, portanto, foi o deus que falhou.

Soluções

Revolução

Mesmo bem fundamentadas os problemas da constituição, como desintegrá-la? A única forma é a secessão. Se estivéssemos num reinado, poderíamos, por exemplo, mudar a cabeça do rei e ele, por livre e espontânea vontade, ceder todo seu regime e as pessoas voltarem ao estado de anarquia, mesmo que isso seja difícil. 

No entanto, na democracia isso não pode acontecer. Mesmo mudando as ideias de um presidente para ideias liberais/libertárias, ele não é dono do poder, mas apenas temporariamente o administra. Se ele renunciar, outro entrará no lugar.

Uma revolução armada dificilmente poderia acontecer por falta de engajamento popular, além de ser ineficiente e os fins não poderem justificar os meios – derramamento de sangue. Se na democracia todos podem ascender ao poder, por que a maioria das pessoas iria preferir uma ordem em que elas precisam administrar suas vidas, sendo que na atual situação o governo “cuida” da saúde, da educação, da segurança, etc.? Em uma revolução, os realmente engajados são minoria.

Separatismo

Essa minoria poderia fazer um movimento separatista, mas imagine a pressão governamental contra a separação da cidade de São Paulo do Brasil, o motor do país. Contra essas dificuldades, o melhor seria que pequenas cidades ou vilas que não exercem tanta influência sobre a nação fossem se separando, aos poucos, até que existisse algo concreto para influenciar outros lugares. 

Naturalmente a secessão e a ordem anarquista de propriedade privada sendo estabelecida, pressões liberalizantes sobre os governos seriam postas, já que a ascensão econômica das pessoas no dito ancapistão seriam obvias ao longo do tempo.

Somente se o monopólio da força for abolido; somente se as seguradoras puderem fazer seu papel; somente se, e somente se, o estado e o governo forem abolidos e a ordem natural for estabelecida e defendida; se não for aceito nenhuma cobrança de imposto ou regulações não contratuais, os Estados Unidos poderão realmente ter orgulho de sua história; somente assim o ancapistão, em qualquer lugar que se estabeleça, poderá – e deverá -, influenciar outros cantos do mundo.

Considerações finais

Obrigado por ter chego até aqui! Se leu todos os capítulos do resumo, você é acima da média; se leu apenas esse capítulo, espero ter lhe ajudado.

Até a próxima!