A Economia é o campo de estudos humanos que mais sofre com falácias. Um desses ataques é o que a física, matemática ou química nem se importam: alegações especiais de interesses egoísticos. Quando um economista propõe uma certa politica econômica, geralmente ele apela a alguma ação do governo que beneficie um certo grupo as custas de todo o resto da sociedade.
Se o governo antes pensasse em uma política que beneficiasse todos, este que propôs a medida que beneficiaria somente seu grupo, usaria de todas as suas orças para convencer outras pessoas de que aquela medida é justa e, claro, a cada dia ficaria mais difícil de provar que tudo o que aquele economista disse era uma completa mentira egoísta.
Bom economista e mau economista
Entre os diversos problemas a serem enfrentados para argumentar contra as más politicas econômicas, está o de mostrar os efeitos econômicos de longo prazo. Temos, em nossa sociedade atual, o problema de tanto os economistas profissionais quanto os cidadãos comuns, verem apenas os efeitos econômicos a curto prazo.
Ora, uma criança não sabe que ficará com dor de barriga se comer muitos doces? Um vadio não sabe que depois de beber a noite toda, na manhã seguinte estará com uma puta ressaca? Não sabe um vascaíno que a felicidade e a glória são coisas do passado? Esses agentes sabem que suas ações têm consequências e a tratam como verdades elementares.
No entanto, no campo da economia, temos um problema em enxergar essas verdades elementares. Quando um certo economista foi perguntado sobre os efeitos de longo prazo de suas politicas econômicas, ele respondeu: “No futuro estaremos todos mortos”. Para a alegria dele e nossa tristeza, somente nós, os vivos, é que arcamos com as consequências de sua burrice. O nosso hoje é o futuro daquele imbecil.
Sendo assim, podemos resumir toda a economia numa única lição, e esta lição numa única proposição:
A arte da economia está em considerar não só os efeitos imediatos de qualquer ato ou política, mas, também, os mais remotos; está em descobrir as consequências dessa política, não somente para um único grupo, mas para todos eles.
Solução
Entendidos do problema, temos que partir para a solução, e nela, temos outro problema. Ainda mais quando as politicas propostas agradam a população a curto prazo, é muito mais fácil de os maus economistas explicarem suas mentiras. Na verdade, nem sempre são mentirosos. Dizer que se o governo der dinheiro para os pobres a renda deles irá aumentar não é mentira, mas sim uma meia verdade. Até quando esse aumento de renda nominal se sustentará no aumento de renda real?
Aí é que os bons economistas precisam entrar e mostrar para as pessoas os efeitos nocivos para a economia no longo prazo. No entanto, falar de economia tecnicamente é chato e ninguém gostaria de escutar. Sendo assim, a melhor estratégia, no olhar do autor, é mostrar exemplos práticos sobre como carnaval é bom, mas pegar AIDS com certeza não.
Espero que tenha gostado. Até o próximo capítulo.