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Resenha: Rangers – A Ordem dos Arqueiros

Rangers é uma coleção de fantasias feita pelo autor John Flanagan para seu filho Michael. Michael era pequeno e seus amigos eram mais fortes altos que ele, então Flanagan pensou em uma forma de mostrar que seu filho poderia vencer qualquer desafio independentemente de seu tamanho. Hoje, o filho de Flanagan é um homem forte com 1 metro e 80 de altura.

A obra é de 2004, o que não deixa apresentar uma linguagem tão antiga com termos complicados, como é comum em livros da década de 1970, ou antes. 

O autor divide em vários pequenos capítulos que funcionam como um filme onde temos vários acontecimentos aparentemente separados, mas que, do meio para o final do livro, se juntam numa ”cena” épica; cena esta que foi o momento em que me desliguei do mundo por algumas horas.

John Flanagan
John Flanagan

Protagonista

Will, o protagonista, é um garoto pequeno e desajeitado que vive no castelo do rei; ele abriga órfãos de pessoas que morreram em prol do reino. Will conhece seus pais apenas por histórias ditas por conhecidos, que diziam que seu pai morreu em batalha. 

Ele se orgulha muito das memórias de seu pai e quer entrar na Escola de Guerra para honrar seu nome. A fantasia mostra um reino onde o rei – que é pouco trabalhado neste livro primeiro – é bondoso com os órfãos, e os adora em seu castelo. No entanto, ao completarem a idade jovem adulta, precisam ter uma profissão. Na trama, a escola de guerra é a mais buscada, mas que exige capacidades físicas que Will não tem.

Sendo assim, a história se desenrola de verdade após o rito de passagem da escola de guerra, quando Will não consegue passar no teste, e vira aprendiz de um arqueiro de confiança do rei chamado Halt, homem muito misterioso e frio. O interessante da obra é ver o desenrolo da história com a dúvida que Will leva sobre a veracidade das histórias de seu pai; esse parece ser o sentido da vida dele. 

Rangers a ordem dos arqueiros
Rangers a ordem dos arqueiros

O livro

O livro primeiro se desenvolve na briga do protagonista em provar que a pequenice dele é só física. O coadjuvante Halt, mestre de Will, é quase um anti-herói e que se mostra apaixonante, bem daqueles que você queria conhecer pessoalmente depois que termina o livro. No desenrolar da trama, temos algumas reviravoltas que te fazem gargalhar ou ficar muito irritado – sim, sou um leitor que interage muito com os personagens.

Como é uma coleção de doze livros, este primeiro é um tanto quando pobre em acontecimentos, mas isso não me pareceu, de forma alguma, cansativo. Você se vê no lugar dos personagens a todo momento e se aproxima deles de uma forma única. É como se apaixonar por uma senhorita apenas por seu perfume, mas não saber o nome, de onde veio e nem para onde vai; me apaixonei pelo perfume dessa coleção.

Quando o li, consegui terminar em uma única tarde de domingo, e senti que poderia ter passado muito mais tempo lendo. Não é uma obra-prima, mas tenho certeza que você não vai se arrepender em passar algumas horinhas no mundo do pequeno grande Will.

Vou fazer o máximo possível para que minhas economias me deixem, todo final de semana, comprar mais livros dessa coleção, da qual vou sempre trazer resenhas aqui.