O que é libertarianismo / anarcocapitalismo

Libertarianismo/Anarcocapitalismo Em 3 Passos

O libertarianismo é uma filosofia política que tem ganhado destaque nas discussões sobre a sociedade, o governo e a liberdade individual. Neste artigo, faremos uma exploração do libertarianismo, seus princípios fundamentais e como essa filosofia influencia questões políticas e econômicas.

O que é

Os libertários, inspirados pelo pensamento liberal clássico e por teóricos como John Locke e Murray Rothbard, defendem a minimização do papel do estado na sociedade. Eles acreditam que muitas das funções desempenhadas pelo estado podem ser melhor executadas pelo mercado e pela sociedade civil.

No entanto, a ausência de um estado central não implica em caos ou anarquia descontrolada. Os libertários advogam por uma ordem social emergente de interações voluntárias entre indivíduos e instituições, como o mercado, a comunidade e as organizações voluntárias. Eles confiam na capacidade dos indivíduos de cooperar e resolver problemas de forma pacífica e voluntária.

O conceito de ordem espontânea, popularizado por pensadores como Friedrich Hayek, sugere que a ordem social pode surgir organicamente a partir das interações descentralizadas e não coordenadas entre os agentes individuais. Nesse sentido, os libertários veem a ordem social como emergindo naturalmente da liberdade de ação e associação dos indivíduos, sem a necessidade de imposições externas por parte do estado.

1. A felicidade

Os libertários veem a busca pela felicidade como um dos valores supremos da existência humana. Eles acreditam que cada indivíduo tem o direito inalienável de buscar sua própria felicidade, desde que não viole os direitos iguais dos outros.

No entanto, os libertários reconhecem que a felicidade é um conceito subjetivo e multifacetado, variando de acordo com as preferências individuais, valores e circunstâncias de vida. Como tal, não há uma definição universal de felicidade que possa ser imposta ou garantida pelo estado. 

Em vez disso, os libertários defendem a criação de um ambiente social e político que maximize as oportunidades individuais de buscar a felicidade. Isso envolve a defesa da liberdade de escolha, propriedade privada, voluntarismo e responsabilidade individual como meios de permitir que cada indivíduo alcance seus próprios objetivos e aspirações. Esse é u conteúdo melhor abordado pelo autor Ludwig von Mises, em seu icônico livro “Ação Humana”.

2. O estado

A felicidade é um fenômeno altamente subjetivo e dinâmico, influenciado por uma variedade de fatores individuais e contextuais. O que traz felicidade para uma pessoa pode não ser o mesmo para outra, e as preferências individuais podem mudar ao longo do tempo.

Essa natureza subjetiva e em constante mudança da felicidade torna praticamente impossível para o estado garantir a felicidade para todos os membros da sociedade. Qualquer tentativa de impor uma definição particular de felicidade ou promover políticas destinadas a alcançá-la inevitavelmente resultará em conflitos e injustiças.

3. O indivíduo

A liberdade de escolha é um princípio central,  e os indivíduos devem ter o direito de tomar decisões autônomas sobre suas próprias vidas, desde que não prejudiquem os direitos iguais dos outros.

Para os libertários, a liberdade de escolha não se limita apenas à esfera política, mas se estende a todas as áreas da vida, incluindo educação, trabalho, saúde, religião e lazer. Eles defendem a remoção de barreiras e restrições governamentais que limitam a liberdade de escolha dos indivíduos.

A liberdade de escolha não apenas permite que os indivíduos manifestem suas preferências individuais, mas também promove a diversidade, a inovação e o progresso social. Quando as pessoas têm liberdade para experimentar e seguir seus próprios interesses, elas contribuem para a riqueza e a vitalidade da sociedade como um todo.

Conclusão

Em suma, o que os libertários defendem é a ética praticada em todos os campos da sociedade. Eles de diferem dos liberais quando não são flexíveis com a possibilidade da existência de uma instituição monopolista da justiça e da tributação (estado), diferente dos liberais, que o admitem, mesmo que mínimo.