Resumo: A Riqueza das Nações - Capítulo 4 (A Origem do Uso do dinheiro)

Resumo: A Riqueza das Nações – Capítulo 4

Após plenamente desenvolvida a divisão do trabalho, são pouquíssimas as coisas que um homem consome que é fruto de seu próprio trabalho. Em grande escala de uma sociedade evoluída, os homens trocam a parcela que excede as suas necessidades por excessos das necessidades de outras pessoas. Nesse ponto, tudo torna-se mercadoria, e daí temos uma sociedade comercial.

História dos metais

Como hoje parece óbvio, todas as civilizações foram atraídas naturalmente a usarem como medida e troca os metais, já que era mais conveniente. No inicio dos centros comerciais, usava-se o  escambo, seja uma pessoa vendendo um serviço por outro ou um animal por outro. Poderia até mesmo ser um serviço por um animal, quem sabe. 

No entanto, imagine que o menor animal com utilidade comercial fosse uma ovelha, mas o menor objetos de uso seja uma agulha. Como um homem poderá trocar uma ovelha por uma agulha? Terá que trocar partes de uma ovelha por uma agulha ou comprar agulhas o suficiente para valer uma ovelha. Ou seja, caímos numa merda sem tamanho que só pode ser resolvida por uma unidade de medida que pode ser fracionada em pequenas partes.

Foi usado o sal, como sabem, mas também objetos pequenos como o prego. Mas o que mais agradou o público em geral foram os metais, já que eles estragavam com menor facilidade (ou mesmo não estragavam), eram de difícil falsificação e podiam ser carregados em pequenos espaços. E o melhor: podiam valer grandes quantias (ouro) ou pequenas quantias (bronze)

Os primeiros países a usar os metais usavam o ferro, o bronze ou a prata. Tanto os metais mais brutos e rústicos quanto as mais preciosas tinham um problema: quem não se submetesse à tediosa tarefa da cunhagem estava sensível ao falseamento. Daí surgiram as casas de moeda, onde pessoas especializadas verificavam a autenticidade e a pesagem dos materiais.

Valor

Foi assim, portanto, que os países adotaram por completo o sistema de trocas em seus comércios. Os reis já aceitavam moedas invés de comida ou animais inteiros. Mas agora vamos avançar um pouco no assunto. Smith agora fala sobre o que é exatamente o valor das mercadorias e do dinheiro.

Valor de uso

Usaremos dois significados para a palavra valor: uma primeira chamada valor de uso, e uma segunda chamada de valor de troca. O valor de uso se refere a utilidade do bem. Vou dar um exemplo: é útil ter dinheiro, não? Claro que não, idiota! Presta atenção. Dinheiro tem valor de troca. Valor de uso se refere a bens como a água, comida ou roupas de frio. 

Valor de troca

O valor de troca, agora sim, se refere ao dinheiro, por exemplo. Não preciso explicar melhor, já que esse é um conceito bem simples, mas vou usar o exemplo pra fechar esse ponto:

Imagine que você está perdido no deserto, cheio de sede, e ache uma barra gigante de ouro. Você vai ficar feliz ou triste? Provavelmente feliz, mas aquilo não vai ter nenhuma utilidade, já que não existem pessoas para você trocar aquilo e, provavelmente, vai morrer antes de achar alguém se não beber água. No entanto, existe algo com maior valor de uso nessas horas que uma garrafona de água? 

Conclusão

Os conceitos de Smith foram explicados, e nos próximos três capítulos o autor debaterá três assuntos que ele considera importantes:

  1. No que consiste o real valor das mercadorias;
  2. Quais os componentes que compõem o valor real das mercadorias;
  3. O que faz com que o preço das mercadorias esteja abaixo ou acima do real, o que se chama de preço natural.

Por último, o autor pede que nos próximos capítulos os leitores sejam pacientes, já que ele já adverte que serão capítulos um tanto quanto maçantes, mas que ele terá que fazer por sua consciência. Eu, claro, vou tentar ao máximo fazer com que você que está lendo esse resumo não sinta essa chatice consciente de Smith, e vou deixar tudo o mais leve possível.

Espero que tenha gostado. Te vejo no próximo capítulo.