Valor das mercadorias

Resumo: A Riqueza das Nações – Capítulo 5

Valor das mercadorias

Todo homem é rico ou pobre de acordo com a quantidade de coisas que consegue adquirir com o fruto de seu trabalho. No entanto, uma vez plenamente estabelecida a divisão do trabalho, dificilmente um homem usará de seus próprios talentos para ter seu conforto. Maior parte de seus confortos virão da compra do trabalho de outras pessoas.

Podemos dizer, então, que mais rico é um homem quanto mais trabalho alheio ele consegue comprar ou comandar. Consequentemente, o trabalho é a medida real do valor de troca de todas as mercadorias

Adam Smith, quero ressaltar, dá muito espaço ao valor das mercadorias sendo medido pelo trabalho, bem no começo do capítulo ele diz uma das frases mais famosas de sua obra:

“O trabalho foi o primeiro preço, o dinheiro de compra original que foi pago por todas as coisas. Não foi por ouro ou por prata, mas pelo trabalho, que foi originalmente comprada toda a riqueza do mundo”

Riqueza é poder, como diz Hobbes. Mas o simples fato de ter dinheiro não traz nenhum poder político ao possuidor do dinheiro. O que ele quer quando tem dinheiro é o poder de exercer autoridade sobre o trabalho alheio. Da mesma forma, sua riqueza é exatamente proporcional a quantidade de coisas que pode adquirir. Essas coisas, claro, tem ligação direta com o trabalho alheio.

Valor trabalho

Embora o trabalho seja a medida real do valor, ele não é exatamente a medida de valor de troca de mercadorias. Quando pessoas fazem escambo, se mede o esforço e quantidade de trabalho necessário para fazer cada produto. 

No entanto, nem sempre 1 hora par fazer o produto A demandou o mesmo esforço para em 1 hora produzir o produto B. Às vezes, 1 hora de um trabalho que demanda 10 anos de preparo pode ser mais árduo, cansativo ou dificultoso que 10 meses em um trabalho que não demanda quase nenhum esforço ou sapiência. Como é difícil calcular a diferença de valor entre mercadorias, geralmente essa diferença se dá em pechinchas da negociação, que no final das contas, na vida do trabalhador, não faz grande diferença.

Nesse sentido, podemos ter como certeza que as pessoas têm maior facilidade em trocar mercadorias por mercadorias, não mercadorias por trabalho. Isso se deve pelo fato de que as mercadorias são palpáveis e fáceis de calcular suas quantidades por outras quantidades. No caso do trabalho, trata-se de uma ideia abstrata difícil de ser calculada e entendida.

No entanto, quando as mercadorias param de serem trocadas por outras mercadorias e começam ser trocadas por dinheiro, as trocas se facilitam. Invés de pensar em trocar uma ovelha por cinco galinhas, se pensa em trocar uma ovelha por moedas e depois trocar as moedas em galinhas. Dificilmente um açougueiro irá levar suas carnes num bar para trocar por cervejas. Ele irá, obviamente, vender suas carnes para os interessado em troca de dinheiro e, após a semana ou o dia de trabalho, trocar o dinheiro por cerveja.

Valor no dinheiro

Entretanto, o ouro e a prata, como qualquer outro metal que fosse usado como medida de troca, varia seu preço de acordo com o tempo. No século XVI, por exemplo, a descoberta de minas na América reduziu em mais de 60% o valor do ouro e da prata na Europa. (E pensar que hoje, no século XXI, ainda se debate sobre expansão da base monetária como algo benéfico, mas isso é assunto pra outra hora.)

Smith continua, dizendo que o valor real das mercadorias não pode ser algo que varia de acordo com os benefícios da natureza. O valor do ouro e da prata podem variar de acordo com a escassez o abundância dos mesmos, mas o valor do trabalho (em condições de pleno vigor e possibilidade de atuação) se mantém constantes por toda a História. Sendo assim, ele conclui que o trabalho é o real valor das mercadorias; o ouro e a prata, ou seja, o dinheiro, são somente valores nominais das mercadorias.

Conclusão

Não tem conclusão kkk Smith só queria fazer suas definições de valor neste capítulo muito tedioso.

Espero que tenha gostado e entendido. Te vejo no próximo capítulo.