Resumo: Economia Numa Única Lição -Capítulo 3 (Bênçãos da Destruição)

Resumo: Economia numa única lição – Capítulo 3

A falácia

Chegamos agora na contracapa da vitrina quebrada: a destruição criativa. Nas melhores universidades de economia no mundo, até hoje, é ensinado que após a segunda guerra mundial, houve muito progresso econômico. Muitos economistas até mesmo brincam com a mídia de que às vezes guerras são benéficas para a economia. 

É verdade que no no pós-guerra os os construtores de casas ganham muito dinheiro; da mesma forma, numa guerra, vendedores de armas e munições enchem seus bolsos. No entanto, não podemos dizer que isso é bom para a economia de um país num todo.

O que acontece é que os economistas baratos confundem necessidade com demanda. Um morador de rua tem necessidade de comida, mas isso é por sua falta de dinheiro para aumentar seu leque de opções de compras: ou ele come ou morre. O que quis dizer com necessidade é que ou se constrói casa no pós guerra ou todos dormirão nas ruas.

A Guerra

Por outro lado, demanda se refere a produção de uma economia. Não sendo literal nessa frase, como se eu estivesse dizendo que cair é a mesma coisa que levantar, mas pense comigo: na construção da nosso civilização moderna, depois da Revolução Industrial, Adam Smith nos explicou que é muito mais vantajoso para um padeiro produzir muitos pães caso ele queira carne.

“Mas como assim? Um padeiro faz pães e cai carnes do céu?”, você poderia perguntar. Mas, não, não é exatamente assim. O que Smith quis dizer é que o padeiro faz pães por saber que existe demanda para isso, e com o dinheiro que recebeu, comprará carnes, que é o que ele quer. O mercado é naturalmente egoísta e regulador da demanda e, claro, da oferta. 

O que acontece quando existe guerras é que existe pleno emprego em certos casos. Mas um momento! Se houver uma enchente na sua casa, poderá dizer que foi uma benção o fato de seu filho preguiçoso ter levantado da mesa do computador todo destruído para salvar sua vida. Aposto que, em situações normais, gostaria de ter visto seu filho se exercitando e largado o computador. 

Neste caso caótico, se achará desesperada vendo seu filho tentando salvar sua vida, mesmo que corra como um atleta. O que quis dizer é que numa guerra não se cria demanda, ela só é desviada forçosamente para lugares que comumente não estariam.

Portanto, podemos dizer que a destruição pode trazer benefícios? Os economistas profissionais costumam dizer que houve crescimento econômico na Alemanha e na França após a segunda guerra. Dizem, ainda, que a Alemanha, que foi mais destruída que os Estados Unidos, teve maiores vantagens, já que teve que comprar novos equipamentos para sua indústria, enquanto os e Estados Unidos ficaram com suas velhas maquinarias. 

Ora, pois tenho um plano perfeito: destruam-se todas as fábricas americanas! Melhor ainda: quando todas estiverem reerguidas, destruam-nas novamente! Assim viraremos Wakanda em menos de 10 anos! É claro que isso não tem nenhum sentido.

A Moeda

Um outro problema encontrado é que os senhores economistas confundem riqueza real com riqueza monetária. Sabia que em 2001 você conseguia comprar um frango inteiro por R$ 1,00? Se contasse que a média salarial de um bostileiro em 2022 é cerca de R$ 2.500,00, poderia dizer que somos ricos hoje, não? Claro que não, ora porra!! Hoje somos tão pobres quanto éramos na época, mas a base monetária aumentou e o PIB continua subindo todos os anos, mesmo nós ficando cada dia mais pobres.

Em nenhuma hipótese se acha benefício na destruição de nada, a não ser que isso aconteça bem na hora quem que voluntariamente alguém se ache no momento de descartar seus bens. Ninguém se importaria em ver alguém pisando no celular que acabou de jogar fora. No entanto, aposto que viraria um leão ao ver um economista recém-formado jogando seu Iphone 9 no chão com a desculpa de que era para incentivar o elemento raivoso a comprar um Iphone X Pro.

Mesmo assim, podemos ser otimistas: nenhuma destruição é tão forte a ponto de vencer a vontade dos indivíduos pacíficos em fazer coisas retornarem coisas melhores ainda. De fazer, com o esforço de 1, fazer 2 ou 3. Por isso hoje vivemos melhor que no século XIX: não por causa do estado, mas a pesar dele.

Espero que tenha gostado. Até o próximo capítulo.