Resumo: Democracia, o deus que falhou - Capítulo 4

Resumo: Democracia, o deus que falhou – Capítulo 4

Antes de falar sobre o governo e a destruição de propriedade, temos que nos atentar ao que e o governo. Até agora nesta série vimos como o governo sistematicamente destrói capital e não pode nunca ser dado como legitimo. Neste capítulo o autor apresenta como governo só pode destruir – nunca proteger – a propriedade privada, bem como a consciência da população.

Governo mundial

A princípio, Imagine que exista um governo mundial democraticamente eleito. O que ele faria para manter-se no poder? Certo de que o ocidente é mais rico que o Oriente, ele faria políticas para tirar dinheiro do Ocidente (os possuidores) para dar ao Oriente (não possuidores). Agora imagine que crianças de 7 anos de idade podem votar. 

Sendo assim, como agora é constitucional, crianças com 7 anos também são cidadãos e merecem participar da festa da democracia, assim como os analfabetos. (Aviso: eles não poderão decidir o que fazer com suas vidas, só votar mesmo).

Igualmente, o governo poderia “incentivar” a produção de limonadas ou doces para a nova parcela de eleitores para comprar alguns votos ou simplesmente dizer que é um “direito”, não se importando com a escassez desses produtos ou se isso é produtivo para a sociedade. Claro, a iniciativa privada não pensou em aumentar a produção desses bens por pura burrice ou canalhice.

Os não possuidores de riquezas que receberem esse dinheiro roubado, mesmo que aumentassem seu consumo, ficam inertes e mais preguiçosos. Portanto, os empresários que vissem isso teriam menos incentivos para empreender ou investir em sua propriedade, já que não se sabe qual será a próxima política social que retirará dinheiro dele pelo crime de ser produtivo.

Governo, o maior empata foda da história

Algum tempo atrás ouvi alguém dizendo mais ou menos o seguinte: “Eu até ia viajar para o Nordeste, mas tive que pagar meu IPTU, então fiquei em casa nas férias mesmo.” Essa pessoa deixou de investir num local que ela entende ser boa, como quando compra água de coco do vendedor da praia, para pagar o governo para que ele fizesse algum bem para a sociedade. 

Do mesmo modo, não lembro quando nem qual edição, mas uma vez li uma HQ em que o Homem-Aranha dizia que “até levaria a Mary Jane para sair, mas teve que pagar seu imposto de renda, então teve que se contentar com um cachorro quente na esquina.” (fonte: Times 12). O que podemos ter certeza é que o governo empatou a foda de duas pessoas. 

É certo que a parasitagem do governo é um desincentivo para a economia. Os parasitas estatais vão ficar cada vez mais incentivados a fazer esse tipo de política. Os políticos serão cada vez mais mentirosos, demagogos e canalhas, já que farão mais e mais essas políticas em prol do “bem-comum”.

Hoppe afirma que desde a década de 1960 os padrões de vida têm se estagnado ou até mesmo caído, os índices de criminalidade, hedonismo e conflitos sociais têm aumentado; a dívida pública tem subido e os conflitos entre estados e entre pessoas, também. “Caso as tendências atuais continuem, é seguro dizer que o estado de bem-estar social ocidental (social-democracia) desmoronará, assim como o socialismo oriental (estilo russo) desabou no final da década de 1980.”

Reversão

Sob o mesmo ponto de vista, essa situação só é real pela aceitação maciça da sociedade pelas ideias más dos intelectuais e políticos passados ao aprovarem a democracia como um avanço da sociedade. “Ideias e somente ideias podem iluminar a escuridão”, e da mesma forma podem acabar com uma sociedade, como o caso do senhor e excelentíssimo Karl Marx ou o saudoso Lorde Maynard Keynes. Para que isso seja revertido, a população precisa entender a democracia como algo mal e perverso, e prontamente a catástrofe pode ser evitada.

Neste interim, para quem quer que essa maré se reverta, a deslegitimação da democracia é um ótimo começo. Nem mesmo os defensores da democracia defendem que ela se expanda mais que em uma aldeia ou alguma organização pequena. Até mesmo os fundadores dos Estados Unidos – hoje visto como o modelo de democracia -, tinham desprezo por ela. Eles acreditavam ser a democracia a política da gentalha ou de pessoas inferiores; acreditavam na aristocracia, onde pessoas elevadas tomariam as decisões.

A democracia não preza pela justiça; pelo contrário, ela busca o conflito. Nesse sentido, a integração forçada de qualquer governo causa conflitos. A democracia leva A e B se juntarem para roubar C; B e C se juntarem para roubar A; e A e C se juntarem para roubar B. Essa lógica se encontra na troca dos funcionários públicos ou em qualquer política pública.

Conclusão

Em conclusão, Hoppe afirma que economicamente a democracia também é maléfica. O socialismo não falhou por causa da coletivização forçada, erros nos planos quinquenais ou qualquer outra coisa; o socialismo falhou por sua utopia econômica. 

Destarte, a democracia não está longe disso; ela distorce a economia lentamente e com desculpas esfarrapadas. Poder emana do povo, direitos iguais, igualdade de oportunidade: preceitos degradantes que assim como no socialismo, retiram o direito de propriedade privada. 

Um sistema em que os proprietários de suas terras precisam de autorização para produzir ou fazer qualquer coisa. De qual dos dois regimes você acha que estou falando? Exatamente, dos dois.

Espero que tenha gostado. Te vejo no próximo capítulo.