Economia numa única lição - capítulo 5

Resumo: Economia Numa Única Lição – Capítulo 5

É notório para todos que, assim como Hans Hermann Hoppe afirmou em seu livro Democracia, o deus que falhou, que quanto mais impostos, menos civilização. Quanto maior o nível de expropriação do estado, menor será a vontade ou capacidade de pessoas pacíficas enriquecerem. É sobre isso que Hans Hazlitt quer conversar.

Contabilidade

É comum que as pessoas em seus dias normais pensem que um país funciona como uma empresa. Em uma empresa, se o empresário quiser alocar dinheiro de um setor da empresa para colocar em outro, o que ele fez foi apenas realocação de recursos da própria empresa.

No entanto, quando pensamos em um país, a coisa é diferente. A empresa tem suas receitas de acordo com seus ganhos privados em negociações pacíficas, enquanto o governo tem suas receitas por expropriação privada. Ou seja, tudo o que ele pode alocar de recursos, antes foi retirado de alguém a força.

Nesse sentido, não é verdade que, por exemplo, se o governo der dinheiro para B, ele apenas fez uma transação contágio. O que ele fez, na verdade, foi tirar dinheiro de A e dar para B. Em suas propagandas governamentais, os políticos e economistas falarão incansavelmente sobre os benefícios de B ter recebido dinheiro, mas nunca sobre as mazelas das perdas de A.

Incentivo

Tem de ser notado e explicado para as pessoas o óbvio: só trabalhamos todos os dias se tivermos a certeza que receberemos nosso salário no final do mês. Da mesma forma, os empreendedores (quem são os geradores de empregos) só irão dispender seu capital guardado em baixo risco para uma empresa se souber que terá possibilidade de retornos com isso.

Tendo em vista o óbvio, entendemos que quanto maiores os impostos sobre a renda e produtos em geral, menor a propensão às pessoas trabalharem e empreenderem. Se a cada moeda que recebesse, metade dessa moeda fosse do governo, ou você pararia de trabalhar e empreender ou,  no mínimo, não se esforçaria nem arriscaria tanto para crescer.

Os impostos, segundo o autor, devem estar numa linha abaixo do que se entende que é o ponto em que as pessoas se verão desincentivadas a prosperarem economicamente.

Empregos

Em síntese, o que o autor quis dizer neste capítulo é que quanto maiores forem os impostos, menores serão as chances das pessoas arriscarem seu capital e sua força de trabalho. Em suma, mesmo que economistas keynesianos queiram dizer que o governo pode gerar empregos aquecendo a  economia, se a forma não for diminuindo impostos, será tolice.

Se para gerar empregos o governo gasta mais dinheiro, o que ele está fazendo é perpetuar a ideia de tirar de A e dar para B. A, que é o gerador de riqueza, será cada vez menos incentivado a produzir e, no longo prazo, o governo terá que aquecer ainda mais a economia, e voltaremos ao ciclo.

Este é o ciclo sem fim da economia moderna aplaudida por muitos economistas inspirados no nobre John Maynard Keynes, que disse a famosa frase “no futuro estaremos todos mortos“. Isso é verdade. Hoje, ele está morto, mas nós continuamos pagando os “patos” das más ideias do passado.

Espero que tenha gostado. Até o próximo capítulo.