Resumo: Democracia, o deus que falhou - Capítulo 7

Resumo: Democracia, o deus que falhou – Capítulo 7

Do mesmo modo, a integração forçada, como vamos falar melhor ao longo do artigo, é mais uma forma do estado de perverter a sociedade, centralizar poder e, como você já sabe, aumentar a preferência temporal da nação.

Imigração livre

Situação atual

Contudo, se assumirmos que o argumento acima é incontestável, ou seja, se entendermos que o livre comércio é mais eficiente e coopera para qualidade de vida das pessoas mais que o protecionismo, seria tolice argumentar o contrário.

Nesse interim, digo que o argumento não é em todo real, pois é possível que pessoas prefiram ter uma menor qualidade de vida sem imigrantes que alta com imigrantes. Por exemplo, pode ser preferível para um cristão morador de alguma cidade pequena do Sul. Sem dúvidas, no sul, podem ter uma qualidade de vida menor, mas que não more perto de muçulmanos ou paulistas funkeiros.

Da mesma forma, ele pode referir que isso existe, mas de qualquer forma vemos que ao argumento de que imigração livre é sempre preferível não pode ser verdadeira.

Situação desejada

Agora, imaginando um cenário anarcocapitalista: todas as ruas, estradas, prédios, parques, lojas, portos, etc., são privados. Agora, o argumento de ser bom ou não a livre imigração agora encontra uma sociedade baseada em contratos voluntários. Nesse sentido, essa sociedade poderia haver discriminação e não discriminação, preconceitos e não preconceitos. 

Assim, alguém poderia aceitar ou não a entrada de gays, héteros, cristãos, judeus, casais com e sem filhos, solteiros, brancos, pretos, índios etc. Por consequência, essa sociedade poderia ter pessoas totalmente contra miscigenação e, na junção de outras pessoas com o mesmo pensamento, fazer um lugar somente com brancos ou pretos.

Se você acha que não existe pretos a favor da não mistura de raças, te aconselho entrar um pouco no mundo dos movimentos sociais americanos e europeus.

Dessa forma, essa sociedade poderia até não querer que dançassem funk – eixo Rio-São Paulo – ou chula – Rio Grande do Sul -, mas nunca deixariam de comercializar entre si. Seria uma sociedade realmente livre, onde pessoas iriam, sim, comercializar e trocar informações, hábitos, etc. Portanto, não seriam forçadas a viverem juntas só por que Portugal dominou certa parte da América e colonizou o que seria chamado de Brasil.

Noções gerais

Certamente, a noção de nacionalidade só existe pelo fato de os governos delimitarem isso e dizerem quem são e quem não são nativos. 

(Se você for nordestino, por exemplo que pode até mesmo nem entender cariocas por seu sotaque e não gostar dessas pessoas por algum motivo. Mas, por ser brasileiro como ele, é nativo igualmente. É capaz um sulista ser mais parecido com um uruguaio que com um nordestino, mas quem decide onde viverá não é da sua conta).

Além disso, o estado, além de controlar a ideia de quem é ou não nativo, também controla o monopólio sobre as estradas, canais, delimitações entre cidade, etc. Em nota, Hoppe diz:

“De fato, como observado, as famosas estradas da Roma Antiga eram geralmente consideradas uma praga ao invés de uma vantagem, pois elas eram, em essência, rotas militares ao invés de rotas de comércio.”

Analogamente, se num país de certa parte da população for a favor da expulsão de pessoas do cabelo azul, mas o governo não, não importa a decisão de como gerir a propriedade privadas das pessoas que queriam admitir ou não pessoas do cabelo azul para suas propriedades. O contrário também é verdade. Assim, essas situações que distorcem as vontades humanas, numa sociedade anarquista de propriedade privada isso não aconteceria

Governos

Sendo mais realista agora, vamos ao exemplo uma propriedade privada governamental. O rei, com relação e migração, iria quer que vagabundos, criminosos, ciganos ou que quer que seja considerado abaixo da sociedade saiam de seu reino. Ao contrário, também iria querer que pessoas de alta capacidade vá para sua propriedade. Na propriedade particular, portanto, o rei agiria sempre para aumentar sua capacidade de roubo com uma sociedade mais prospera, nunca menos.

Por outro lado, num governo democrático, como cada voto vale um voto, ele irá querer atrair vagabundos, criminosos e pessoas de baixa educação, já que estes lhe manterão mais tempo no poder. Eventualmente, pode até ser que algum presidente tenha ideias liberais e atrapalhe menos o progresso econômico da sociedade, mas como ele não é um rei, as decisões são tomadas por muitas pessoas que entram e saem constantemente do governo. 

Fórmula perfeita do poder

Na verdade, por vagabundos e criminosos preferirem políticas sociais – as quais ganham eleições -, a ideia da democracia de “um homem, um voto’’, traz “igualdade”. Isto é, essa palavra mágica na democracia é o segredo para políticos demagogos ganharem eleições. 

Por certo, é fácil entender agora o motivo de políticas de não discriminação e livre entrada de qualquer um que precise da ajuda de outros países, não é? Dessa forma, um vadio ou desempregado que recebe auxílio emergencial é um voto a mais. Enquanto o que está acima da média provavelmente será taxado por ser possuidor de renda e dificilmente suas preferências políticas e sociais se farão valer. 

O problema não são as classes, mas sim a integração forçada causada pelos governos. É exatamente assim que ocorre num país democrático.

Conclusão

Por fim, o autor diz que somente com a abolição da democracia através da descentralização e a secessão que podemos acabar com a integração forçada. Não é sobre imigração ou aceitação e respeito, é sobre imigração forçada, a causadora de conflitos sociais. Anarquia é ordem, e é necessário que o poder de decisão da sociedade possa ser dado aos estados, cidades, vilas e províncias. 

Espero que tenha gostado. Te vejo no próximo capítulo.

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