Resumo: Democracia, o deus que falhou - Capítulo 8

Resumo: Democracia, o deus que falhou – Capítulo 8

Imagine, por exemplo, que uma empresa de determinado setor os insumos custem R$ 10,00. Em outro país, nesse mesmo setor, outra empresa paga R$ 1,00. Como competir? É claro que a segunda empresa engolirá a primeira por seus custos serem dez vezes menores. 

Os protecionistas acreditam que, para defender os empregos gerados pela empresa nacional, o governo deve fechar o comércio de alguma forma. Assim, o fazem a fim de que o consumo interno se focalize nas empresas nacionais. Ou seja, eles querem elevá-las e fazendo, futuramente, ter possibilidade de concorrer internacionalmente.

Protecionismo econômico

Desde David Ricardo, defender o livre comércio é quase inatacável. No entanto, alguns argumentam ao contrário. Hoppe, assim,  traz algumas considerações acerca de Patrick Buchanan. Ele defendia o protecionismo econômico bem claramente. 

Imagine, por exemplo, que uma empresa de determinado setor os insumos custem R$ 10,00. Em outro país, nesse mesmo setor, outra empresa paga R$ 1,00. Como competir? É claro que a segunda empresa engolirá a primeira por seus custos serem dez vezes menores. 

Os protecionistas acreditam que, para defender os empregos gerados pela empresa nacional, o governo deve fechar o comércio de alguma forma. Assim, o fazem a fim de que o consumo interno se focalize nas empresas nacionais. Ou seja, eles querem elevá-las e fazendo, futuramente, ter possibilidade de concorrer internacionalmente.

 

Critica ao protecionismo

Essa teoria é falha se você a aplicar em si mesma. Imaginando que protecionismo diminui o desemprego e aumenta a riqueza interna do país, por que não usar o mesmo entre estados? Se em São Paulo se paga maiores salários que no Piauí, por que não usar das mesmas políticas para que as empresas piauienses defendam seus empregos? 

Por que não reduzi até o ponto em que todos os trabalhadores produzam para si mesmos e não comercializem mais a fim de que algum dia possam concorrer com outros indivíduos? Agora a ideia parece estupida, não? Todos agora têm empregos, mas estão igualmente empregados e miseráveis.

Nesse sentido, se um governo faz com que os empresários não possam mais comercializar com outros países, importação e exportação diminuirão ou deixarão de existir. Isto é, a importação de bens mais baratos no mercado internacional também terá que ser comprada mais cara nos produtores nacionais. Mesmo o governo financiando essa produção, quem pagará são os cidadãos, que perderão renda, e o consumo geral irá diminuir.

Com as medidas protecionistas, existirão muito mais desempregados por medidas protecionistas que as perdidas pelo mercado interno para o externo em livre concorrência. Igualmente, sempre que ouvir que “o petróleo é nosso”, ou “nossas empresas nacionais”, “defendam o SUS”, ou quaisquer outras essas ideias, lembre-se disso para se questionar acerca do que é defendido como verdade.

Salários

Em suma, a equalização dos salários implica em entender que pessoas são atraídas aos lugares com salários mais altos e empresas para lugares com salários mais baixos. Entretanto, quando isso acontece, a alocação de capital é mais eficiente. 

Quando se tem barreiras protecionistas, essa noção econômica se perde, já que a liberdade de comércio se limita ou extingue entre países. Portanto, países que não metem o dedo no comércio são os que dão nome ao capitalismo laissez faire.

Imigração

Inicialmente, na medida em que países com mais liberdade econômica e menos assistência do governo têm salários mais altos. Certo que quando o país começa oferecer assistência e que mais que seja, a atração de imigrantes é cada vez maior. 

Logo, para solucionar o problema que, à partir da onda migratória, se torna pauta de debate público, oferece-se três opções: 1) imigração irrestrita incondicional, 2) irrestrita condicional e 3) restrita e condicional.

Irrestrita e incondicional

Em primeiro lugar, a irrestrita e incondicional é quando o país libera totalmente suas fronteiras para quem tiver dinheiro suficiente para pagar as tarifas a entrada. Assim, essas pessoas participarão de todos os programas assistenciais do governo como um cidadão nativo. 

Assim, é bem óbvio que essa medida acabará com o país, assim como está ocorrendo nos EUA e na Europa. Pessoas entram no país como querem e usam do dinheiro público, o secando cada vez mais até que se chegue ao ponto da França.

Irrestrito e condicional

Em contrapartida, o segundo é, para os ditos sensatos, irrestrito e condicional. Isto é, onde qualquer um pode entrar, mas não fará parte dos programas assistencialistas do governo. Essa não é tão óbvia. Na medida em que pessoas entram no governo, os países, com suas práticas de livre comércio, podem até crescer sua economia com a imigração. 

No entanto, a relação entre imigração livre e livre comércio não é coerente. Na verdade, imigração restrita e proteção econômica não se batem, sendo correta a imigração restrita e o livre comércio minha proposta.

Ademais, o termo “livre” quando junto ao “comércio”, implica na troca voluntária entre pessoas ou empresas onde as duas partes se beneficiarão. Uma deseja e paga, a outra vende e ganha o dinheiro. Diferente disto, a palavra “livre”, junto com “migração”, implica não na troca bens, vinda de duas pessoas ou empresas, já que imigrantes têm vontades próprias, diferente de bens. Quando, portanto, um imigrante chega a determinado país, ele não necessariamente é desejado e tampouco contribui para que as duas partes envolvidas estejam satisfeitas. 

Entretanto, quando ocorre a tal da imigração irrestrita condicional, onde qualquer um pode entrar, mas que não participará da assistência público, ocorrerão sérios problemas naquela sociedade. Dessa forma, a sociedade se dividirá em duas classes: nativos assistidos e estrangeiros sem assistencialismo. OO que acontece nesses casos é que há brigas entre os assistidos e os não assistidos. Como sabemos, brasileiros estrangeiros em outros países costumam passar por situações ruins, onde os nativos não os recebem bem. Em Portugal e na Irlanda, por exemplo, atos de xenofobia são comuns. 

Restrita e condicional

Contudo, quando pensamos em pessoas, diferente de bens, não se deseja estrangeiros em seu país, que causarão aumento de criminalidade, conflitos sociais sérios. A integração forçada aumenta o processo de descivilização. O governo, portanto, não pode fazer um laissez faire imigratório, mas deve agir com medidas restritivas.

Como, então, um governo deve impedir a imigração irrestrita num país? Existe a possibilidade de impedir de forma corretiva e preventiva. Diferenciando as ideias de circulação de bens e de pessoas, deve, ao proteger as pessoas, auxiliá-los a se protegerem dos invasores. 

Tendo em vista que a proteção, por exemplo, da fronteira do México com os Estados Unidos é uma área muito vasta, os custos são altos. São altos por toda essa região ser de propriedade pública e não particular. O que deve ser feito é dar essas propriedades em fronteiras para indivíduos soberanos. Eles, como cuidarão apenas de uma pequena parte da fronteira, conseguirão fazer isso com eficiência.

Conclusão

É importante que possamos entender que o problema não são raças, etnias ou qualquer outra coisa pessoal. O que o autor quis mostrar no capítulo é que essas políticas de imigração não devem ser feitos pelo estado, visto que é impossível entender essas noções de repulsão ou atração das pessoas. Os portugueses podem não gostar de brasileiros, mas os gaúchos podem não gostar de nordestinos. Mesmo que gostem, quem determina isso não é o governo, nem o federal nem o estadual.

Para que o problema do ódio entre povos seja minimizado, pessoas em suas pequenas propriedades devem delimitar isso. Tanto no nível individual, quanto no nível de pequenas propriedades. Um ótimo exemplo disso é a forma como você faz para entrar no município de Bombinhas, em Santa  Catarina. Eles cobram uma taxa para entrarem no local. O motivo? Para diminuir a entrada de pessoas e para fortalecer a localidade.

Um outro exemplo é a Suíça, onde não é só chegar lá e comprar uma terra. Os moradores determinam se você pode comprar uma propriedade ou não. As pessoas aceitando, pronto. Dificilmente você verá pessoas se odiando gratuitamente num local destes.

Espero que tenha gostado. Te vejo no próximo capítulo.